Joël Pommerat começou a
escrever aos 23 anos e aos 27 teve seu primeiro texto teatral premiado.
Em 1990, criou a Cia Louis Brouillard, na qual trabalha há anos com o
mesmo time de atores e persegue a meta de uma montagem por ano, durante
40 anos – sempre atuando na escrita e na direção de suas peças. Seus
espetáculos renderam o prêmio de Literatura Dramática Francesa, três
Molières, sendo um deles o de Melhor Autor Francofônico Vivo, além de
várias indicações ao Molière em diversas categorias. Possui dezenas de
publicações, atualmente é artista associado no Odéon-Théâtre de l’Europe
e no Teatro Nacional da Bélgica. O primeiro passeio cultural “oficial”
do Presidente François Hollande foi para assistir a um espetáculo de
Joël Pommerat. “Nada
é mais bonito, eu acho, do que o equilíbrio precário”. Esta frase do
dramaturgo e diretor francês Joël Pommerat mostra, em grandeza e
detalhe, o vigor e a delicadeza que se evidenciam em sua escritura
improvável e em suas encenações. Com textos montados em vários países,
aos 49 anos, Pommerat representa uma referência não somente para a
dramaturgia francesa, como também para o teatro mundial: com paciência e
minúcia, ilumina momentos críticos de situações do cotidiano, tão
profundos e significativos à biografia de uma pessoa, como universais na
vida do homem contemporâneo. Ao destacar estes fragmentos de
existência, o autor preserva o que neles há de mistério e igualmente
destaca o que trazem de certeza – um jogo que se traduz em leveza e
concretude, gestos e ausência, sombra e luz. A escritura de Joël
Pommerat ocupa-se das relações humanas, sociais, familiares, manifestas
na atualidade, filhas deste tempo em que vivemos, mas, ao contrário de
“contar histórias” ou explicar a “moral” delas, direciona seu foco para a
forma de comunicá-las: empenha-se, na verdade, em revelar a intensidade
de um instante, não a representação de um instante, mas a realidade
pungente de um instante que se insinua por entrelinhas de ação e fala,
inação e silêncio, momentos capazes de reportar a uma vida inteira. Como
o próprio autor comenta: “O teatro é a minha possibilidade de captar o
real e de dar ao real um alto grau de intensidade e força. Eu busco o
real”.
“Esta Criança” - De 03/11/2012 a 27/1/2013 - Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) - RJ - Quarta a domingo, 19 horas - Ingressos: R$ 6 e R$ 3 - Classificação: 16 anos Duração: 90 min
Informações da Factoria Comunicação a partir de texto de Ana Luiza Accioly Pereira
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